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Todo santo dia, cerca de uma hora e meia por dia, lá estou eu, dentro do latão, indo e voltando seja lá de onde for ou para onde for.
É tão bom quando naquela curva o Sol pega no meu rosto e me faz acordar para o dia. é como se o dia me cumprimentasse. Com um fone no ouvindo, ouvindo músicas programadas para o trajeto, como naquele específico, onde costumo ouvir Gypsy - Shakira.
Já reconheço alguns rostos dentro do ônibus, já sei onde algumas pessoas irao descer. A vida segue uma rotina e raramente conseguimos fugir dela, isso facilita as coisas nesse sentido.
E também é interessante ver como estão as pessoas cada dia dentro do latão. Vejo pessoas gargalhando em um dia, e no outro com uma verdadeira cara de choro, como que suplicando por alguma ajuda, que apenas demonstramos por nosso olhar de forma empática.
Eu, particularmente não gosto de andar de ônibus, me dá sono e cansaço. Mas já tive a idéia de escrever um livro com as histórias que podemos encontrar em cada passageiro. Cada simples passageiro ali, dentre aquele monte de gente, tem uma vida particular e histórias a beça para narrar enfaticamente.
Definitivamente, cada dia é um novo dia dentro de um ônibus, o lugar ideal para mostrar como a vida das pessoas é como uma trança de várias linhas independentes mas que inevitavelmente se cruzam no decorrer do tempo.