Chega um momento da vida que a gente se pergunta, será que vale a pena continuar sendo quem sou? Você tenta manter aquela vivacidade, aquele brilho, aquela fé na vida e nas pessoas mas não consegue mais. Você percebe que a vida dá tantas pancadas nas pessoas que elas calejam, mudam, endurecem. Não está mais existindo um conceito de vida, mas tudo é baseado no conceito de momento. As pessoas mentem, muitas vezes para si mesmas, pra poder ter algum argumento e justificar alguma atitude, normalmente mal pensada. Eu me sinto apagando e vi pessoas que gostava muito fazer o mesmo. E dói. dói pra valer isso. Principalmente quando você ainda tem uma imagem nítida do que você era e como as pessoas eram. Hoje é mais fácil não ter uma imagem, aí você não precisa se apegar, não precisa se responsabilizar se algo der errado. Se ninguém estiver vendo você, não pode opinar, criticar e pode seguir falando o que bem entender, bajulando, adulando, suprindo somente o ego e esquecendo que mais tarde, ele vai ser levado embora pelo tempo. Essa semana posso dizer que perdi 2 pessoas muito importantes, e, se perguntarem a elas, provavelmente dirão que a culpa foi minha, e sabe qual a verdade, foi mesmo. Eu não consegui acreditar que estas pessoas mudaram, se deixaram levar pelas suas próprias dores e orgulho a ponto de sequer tentar ver a frente, sofrendo por antecedência. Sim, eu perdi essas 2 pessoas porque eu também não queria sofrer, não quero acompanhar o sofrimento de quem me é importante, não sendo impotente, não ajudando em nada, sem participar em nada. Prefiro sofrer sozinho agora, me apagar, sumir deste cenário. Só que o problema de não ter uma identidade é que você se mistura, e rapidamente passa a ser absorvido pelos demais vultos, não há mais uma distinção. Sendo assim, o que eu fora é simplesmente passado, agora faço parte de um todo, parte da multidão comum, com hábitos comuns, de pensamentos comuns, que sempre odiei. Provavelmente vou ser banal, fugaz, efêmero, e me contentarei com isso.
Isso é o que acontece quando alguém se apaga, você deixa de ser um indivíduo pra ser parte do coletivo, mais um na multidão. Eu não quero, mas estou me deixando monocromatizar, esfriar, sumir. No momento que me forem embora os ainda poucos amigos serei simplesmente o nada. Mas, antes de apagar totalmente, saibam que enquanto eu era vivo, amei cada um de vocês, talvez não como merecessem, mas amei o tanto que consegui. Desculpe por quebrar o pote, por ser exigente, por ter ficado feliz por ter melhorado a ponto de parecer arrogante. Desculpe por ter me irado e decepcionado com as pessoas e aberto mão de muito por causa de poucos. Que as boas lembranças de mim, como indivíduo, presente em cada um de vocês possa um dia me reconstituir em um todo. Se isso não puder acontecer, ok, acabei como um borrão.
Formulário de contato
Autor
Álisson Alves nasceu Bagé, Rio Grande do Sul, tem 32 anos. É escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.

depois de descobrir onde ou qual é o problema só falta achar uma solução...conhece a ti mesmo(isso nunca acaba, mas quanto mais nos conhecemos melhor solucionamos)...conhece as pessoas ao teu redor...e descubra com isso como traçar seus planos em direção a um objetivo de superação e evolução...se o primeiro não der certo LEVANTE e faça outro diferente...
ResponderExcluir