Dizem que relacionamentos são simples...

Dizem: "As coisas são simples, não tem porque complicar". Mas acreditem, as pessoas complicam. Tivemos  uma discussão gigante a partir de uma das minhas respostas do Ask (http://ask.fm/alvesalisson) quando defini a diferença de "amor" e "paixão" segundo o meu conceito.
Entramos na questão do por que é tão difícil quando nos apaixonamos. Havia quem defendesse a teoria da simplicidade, que consistia, resumidamente, em se apaixonar, demonstrar e ir em frente sem medo pra ver o que acontece. E, havia a teoria mais complicada, a teoria das pessoas com armaduras e medo de encarar a situação. Indiferente da teoria, acho que sempre há um certo receio e uma certa fantasia envolvendo a paixão. A gente sempre tenta ver o melhor, ocultar algumas falhas (tanto nossas quanto as que vemos na pessoa pela qual estamos apaixonados), e isso gera futuras falhas de relacionamento. Mesmo coisas pequenas podem desgastar um relacionamento, aquelas pequenas coisas que ignoramos quando estamos apaixonados. Aquelas manias de "não gosto de comer isso", "tem que estar tudo bonitinho, arrumadinho", "não toque nas minhas coisas", "não gosto de bichinhos de estimação", etc. Acreditem, pequenos conflitos, se não encarados da forma correta podem se tornar um grande incômodo. E algo, a meu ver, essencial, desde antes de um relacionamento se firmar, é a comunicação franca, aberta e abundante. Ninguém quer conviver com "desconhecidos", e o que se passa em nossa mente e na mente da outra pessoa não deixa de ser um território desconhecido até que conversemos a respeito. É comum a tendência do "deixar acumular" e isso é um grande erro. Deve-se lidar com as questões enquanto elas estão pequenas porque, quando se acumulam, normalmente ainda vêm temperadas com ira e amargura, causando um estrago imenso emocionalmente. Quando se está na etapa da paquera, concordo que se deve deixar a pessoa saber ou entender que você está disposto(a) a encarar um compromisso com ela. Não necessariamente de forma descarada igual a um amigo meu que uma vez chegou para guria e disse "Tô na tua!" (Imaginem o resultado) mas se dispondo a passar tempo com a pessoa, dando a ela um tratamento diferenciado, demonstrando sua atenção e quem sabe até mesmo comentando a respeito do interesse. Mas não tem como esperar que o sentimento seja recíproco sempre. Como já mencionei no face, Lidar com paixão é como lidar com uma roleta russa, o resultado cai na sorte, mas é você que decide se puxa o gatilho. Então, só arriscando pra saber, estando disposto a pagar o preço necessário. Sempre tem suas complicações quando se envolve alguma outra pessoa.
Queria eu acreditar no simples, fazer o simples e sentir de forma simples, mas, se forem leitores do meu blog ou amigos de longa data, vão saber que de simples não tenho muita coisa, nem nas minhas atitudes nem nas minhas experiências de relacionamentos.
Definitivamente, ter um coração já não nos dá a liberdade de sermos "simples".

Álisson Alves

Alisson Alves é o autor do Blog Gente Incomum, escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.

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