"A vida é como um barco à velas, sujeito ao sopro de um vento qualquer que indicará a direção correta." - Será que estaria correta esta forma de traduzir boa parte da crença geral? Acredita você em "Planos de Deus", "destino", "acaso" ou qualquer outra força de natureza maior que controle ou altere a sua vida?
Conversando sobre o assunto eu vejo que existem diferentes crenças e diferentes intensidades de pensamento quanto a isso. Há quem acredite que Deus vai providenciar tudo na hora certa. Há quem agradeça por ações do destino ou aguarde por elas. Há quem acredite que "por acaso" vai estar no lugar certo, na hora certa, para que algo bom aconteça. Também existem aqueles que acreditam que as coisas acontecem por um motivo de força maior, mas que cabe a própria pessoa se dar conta e aproveitar a oportunidade. Mas, quer saber, como o blog é meu, vou dar a minha opinião. Eu vivi muito tempo pedindo coisas a Deus, encontrei pessoas que acreditava ter encontrado por acaso. Então me apercebi que as coisas não eram bem assim. Nenhum navegador se lança ao mar com um veleiro sem ter qualquer conhecimento sobre navegação e ventos. E não adianta já estar em pleno mar torcendo para que surja um vento de direção e intensidades corretas para um rumo desejado ou "ideal". E adiantaria muito menos implorar pelo vento e não abrir as velas.
Não consigo imaginar que não importe o caminho que eu decida tomar, uma força maior é que será responsável por tudo no final das contas. Não acredito em destino, não acredito em acasos. Acredito sim em oportunidades e em força de vontade. Pessoas passam todo dia na nossa vida, e não é nada de especial que as colocam lá, elas simplesmente também estão vivendo baseadas nas próprias decisões. E, cabe a cada um de nós decidir se essas pessoas vão permanecer em nossas vidas de alguma forma ou não. Quando você vai entrar em uma faculdade, você precisa escolher um curso, mas não faz isso sem raciocinar bem antes. Seria tolice fechar os olhos e escolher qualquer opção confiando que, por exemplo, "Deus" vai marcar a opção para você. Não estou sendo descrente, por favor, não confundam as coisas. Acredito em Deus, mas acredito que ele possa "apoiar" as nossas decisões ou não, mas não interferir nelas.
Ao menos com esse meu ponto de vista, não posso me queixar quando algo dá errado, e também posso sentir o mérito quando as coisas dão certo. Não gosto de me imaginar como um fantoche, um personagem de filme já roteirizado. Eu faço meu caminho, decido conforme minha personalidade. Não sou só mais um, um peão no tabuleiro em um jogo que encerra em 80 anos. Eu sou o jogador que escolhe os movimentos, que determina o fim do jogo. E você, depois de ler tudo isso, no que ainda decide acreditar?