"Sinto um peso nos meus ombros", "O Peso da idade", "Sinto como se estivesse carregando o mundo nas costas". Já ouviu isso?Já falou isso? Pois é, eu também. Mas comecei a pensar na idéia de "peso". Tentando entender porque hoje uma coisa está pesando nas minhas costas mas que sei que daqui a 10 anos não vou nem mais lembrar disso (e não é porque daqui a 10 anos vou ter Alzheimer, ainda terei 38). Percebi que uma coisa o afeta proporcionalmente à importância desta coisa e o quanto você está DISPOSTO a ser afetado. Não estou dizendo que a gente consegue ficar blindado contra estresse ou tristezas, mas que tudo tem uma medida certa. Exemplos. Aprendi que se você já fez a burrada de gastar mais do que ganha e agora estão lhe cobrando, chorar não adianta, não vai regar nem uma mudinha da "árvore do dinheiro". Se quer resolver, negocie e vá trabalhar para pagar. Se você se deprimir, você só afunda mais, acredite. E isso não é só com questões financeiras. Veja o amor por exemplo. Você toma um pé na bunda, aí lógico, você vai ficar muito triste, mas isso não vai fazer as coisas "entrarem nos eixos". E ainda vai piorar a sua situação porque ninguém gosta de ficar perto de gente depressiva a não ser outras pessoas depressivas. Então além de perder quem amava você afasta amigos e novas chances de alguém para lhe amar. Então, essa sua tristeza vai acabar tendo o peso que você definir pra ela.
Levar o peso de outros nas costas também não é proveitoso e nada sensato. Você pode ajudar a dividir uma carga mas se a pessoa não está disposta a levar nem a sua própria parte, por que deveria você sofrer por ela? A gente vê pessoas infelizes aos montes por aí e SEMPRE tenta ajudar, ao menos sou assim. A gente sempre quer o melhor para as pessoas que nos são importantes mas nem sempre elas concordam com a sua idéia de "melhor". Então, nesses casos, deixe pra lá.
Lembre-se do Quasímodo, o corcunda de Notre Dame. Ele tinha realmente um peso nas costas, mas estava super dedicado ao amor. Lindo né? Mesmo sendo um otário ele era otimista!
Então, fica a lição. Eu tenho tentado lidar com minhas dores e ansiedades como se elas já fossem antigas, assim fazem menos efeito no atual momento. Pro agora, estou focado no que posso resolver e no que faço para que as coisas se resolvam. E, quando eu tiver uma recaída, alguém por favor me lembre disto que escrevi, já será uma grande ajuda.
Boa sorte e LEVEZA a todos nós!
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Autor
Álisson Alves nasceu Bagé, Rio Grande do Sul, tem 32 anos. É escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.

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