WILL




















WILL




















Escrito por Álisson C. T. Alves
No dia 05/08/2012
Baseado em fatos de vivência real e ficção
Dedicado à todos que me são importantes e que me ajudaram na minha busca de Sonhos




PARTE I - WILL
Essa é a história de uma pessoa comum, sem grandes dons, sem grandes virtudes ou defeitos. Uma pessoa sem grande destaque, moreno, alto, magro, cabelos lisos e pretos, calça jeans e  All Star, daquele tipo de pessoa que todo o dia passa por você e por mim em um ônibus, em uma calçada, trabalha na mesma empresa, mas que nunca percebemos que ela está ali, com sua história e vida únicas. 
Seu nome é Will, da mesma forma que se escreve “vontade” em inglês. Nome apropriado para alguém que teve uma infância difícil mas não muito anormal para os dias atuais. Pais separados, empregos mal remunerados, fracassos amorosos, enfim, problemas normalmente enfrentados por quase todo mundo hoje em dia.
Will sempre foi uma pessoa tímida e submissa. Sempre tentava agradar os outros, seus amigos, chefes, amores, etc. Normalmente tinha pouca vontade própria. As vontades que tinham normalmente eram mais sonhos. Sonhos esses que ele sabia que levaria tempo para conquistar. Sonhava por exemplo em viajar para fora do país, conhecer uma pessoa especial que em vez de lhe machucar lhe fizesse bem ao coração, ter seu carro, sua casa seu próprio negócio. Mas, ganhando um salário bem baixo, ele mal conseguia dar contas das despesas. Já tinha cometido grandes erros na vida e pagava por isso constantemente, seja financeiramente seja com seu tempo.
Mas mesmo com todos os problemas, Will se fazia diferente. Ele levantava a cabeça e procurava oportunidades de melhora para um dia alcançar seus sonhos. Mas também não era compulsivo. Sempre que tinha condições e tempo pegava um bom livro e ia até o centro da cidade, no Café Avenida, sentava na mesa de fora do estabelecimento, bem na esquina, ao lado de uma parede decorada com texturas verdes e brancas. Pedia um suco natural de laranja e algum salgado para acompanhar e ficava ali, relaxando, meditando, envolvido nas histórias e seus planejamentos.
Will sempre adorava um cinema, rodas de violão, sair com amigos pra qualquer lugar e rir muito. E sempre foi do tipo parceiro, pau-para-toda-obra. Era só chamar que lá estava ele, principalmente se alguém precisasse.


PARTE II – O DIA A DIA
Will, segundo os outros, tinha um problema com “trabalho”. Vivia pulando de um para o outro. Ninguém entendia que ele na verdade estava procurando por algo que pudesse oferecer a ele uma chance de atingir seus objetivos. Se ele só ganhasse para pagar as contas ou tivesse que trabalhar 7 dias por semana, ele entraria em um ciclo infinito e jamais progrediria ou progrediria “tarde demais”.
Will não era do tipo que tinha casos. Sempre que uma garota se aproximava dele tudo acabava em um relacionamento. Mas conquistar Will era uma coisa, mantê-lo era outra. Ele era de pensamento rápido e sempre estava à frente de tudo. Surpreende-lo só se fosse outra pessoa tão imprevisível quanto ele. Saber o que ele gostava era uma coisa mas saber o que ele pensava e planejava era totalmente diferente. Dizem que ele era do tipo que se soubesse que alguém estava antecipando seus movimentos ele mudava tudo só pra ver as reações. E também era azarado no amor, quando ele se interessava por alguém, sempre dava errado.
Will fora pintor, técnico, montador, escritor, comerciante, vendedor, gerente, estoquista, repositor, manobrista, recepcionista, motorista, etc. Ele fora de tudo um pouco e aprendeu de tudo nessa vida. Mas gostara mesmo de ser vendedor. Ele não era do tipo que saía enganando os outros, mas um bom vendedor. E amava o contato com os clientes e ver a satisfação deles após adquirir o produto e se contentar com ele.
Wil também fora um tanto nômade. O máximo que ficou em uma cidade foi 10 anos. Vivia migrando de um lado para outro por um motivo ou outro. Em uma dessas andanças começa nossa história. Will fora pra um lugar novo, não conhecia praticamente ninguém. Fez alguns amigos, na vizinhança, em alguns passeios pela praia, rodas de violão, mas não muitos. Trabalhava com informática e sempre gostou de computadores e internet. Decidiu então que procuraria através deste meio, mais pessoas para seu círculo social. Só que não funcionou muito, a maioria das pessoas ou nem dava bola, ou levavam vidas com padrões bem diferentes dos seus. Mas teve uma pessoa que havia passado por aquela cidade, mas, não morava por ali. Essa pessoa tinha um jeito cativante e divertido que chamou sua atenção. Depois de muito tempo sem uma “amiga”, Will fez amizade com Samantha.


PARTE III – SAMMY
Will tinha apenas uma boa amiga até aquele momento, Nathália. Alguém que havia conhecido em uma de suas viagens e se tornara uma paixão para ele. Logicamente, como sabemos da história dele, não deu certo. Mas nessa época ele ainda não tinha se dado por vencido.
Foi no meio desse rolo todo que ele conversou mais com aquela outra amiga, Samantha. Ela virou praticamente uma confidente dele, uma “irmã adotiva”. Ela era o ombro amigo quando ele caía em prantos por ver que tudo o que fazia por Nathália era em vão. Ela o ouvia, consolava e o fazia voltar a sorrir. Ele, da mesma forma, era um “irmão adotivo”. Ouvia as histórias de “Sammy” e a aconselhava, consolava e fazia de tudo para vê-la sorrindo.
Sammy era diferente das outras garotas. Ela era atenciosa, doce, mas valente. Baixinha, birrenta e super preocupada. Muito bonitinha, mas feroz. Às vezes Will dava alguma mancada e tinha que passar um tempo se desculpando até que ela voltasse a falar com ele. Como se fosse bronca de irmã mais velha sabe, mesmo ela sendo alguns anos mais nova do que ele. Realmente cuidavam um do outro, eram especiais.
Mas Will continuava em sua rotina louca, atrás de melhores condições, atrás de Nathália, atrás de sonhos difíceis e aí algumas mudanças terríveis aconteceram. Will tentou novamente uma mudança de cidade para se aproximar cegamente de sua paixão. O resultado: Voltou para casa doente, não só fisicamente mas com espírito também esmagado. O lado doce, otimista e forte de Will havia virado migalhas, e, justamente nesse meio tempo, Sammy havia sumido.


PARTE IV - DEPRESSÃO
Quer matar um homem? Esmague seu espírito.
Will, que era o palhaço, o positivista, motivador, a alegria do grupo agora era o recluso. Seus amigos foram sumindo um a um porque segundo eles, nem adiantava convidá-lo para algo, ele não saía mais de casa.
Will agora era o homem do “E daí?”. Essa era a reação dele a praticamente qualquer coisa que lhe falassem. Aproveitou seu gosto por computadores e internet e se afundou no mundo online. Era sua distração do mundo real. Virava noites lá dentro, da caixinha de Bits e Bytes, criando uma vida paralela, à seu jeito e forma, só para não encarar o mundo real que lhe passou uma grande rasteira. Estava desempregado, as pessoas se afastando, inclusive familiares por motivos religiosos. Era naquele momento ele, e só ele. Chegou em um momento a se envolver com uma garota que conheceu pela internet mas durou pouco, ele não queria mais saber de problemas, e ela estava se tornando um grande.
Will bateu no fundo do poço quando sua depressão o fez pensar em desistir da vida. Planejou muitas coisas mas acabava por não as executar. Até que um dia ele tentou mais forte e por pouco continuou neste mundo para fazer a diferença.
Depois de “acordar” e perceber que as mudanças de condição dependiam dele e que os sonhos continuavam lá, na espera, decidiu tentar novamente. Levantou a cabeça, recuperou alguns bons amigos e fez alguns mais, achou um bom emprego e partiu rumo à recuperação de sua vida.


PARTE V – A VOLTA POR CIMA
Nada melhor para recuperar a auto-estima de um homem do que um bom emprego e uma nova paixão.
Will agora estava trabalhando duro, tinha uma folga por semana apenas mas estava se esforçando. Recebia um salário um pouco melhor do que antigamente e já não podia passar todo o tempo “online” pois a vida lhe exigia mais. Tinha que cuidar da boa situação no emprego e de sua casa, seu aluguel e despesas.
Voltou a sair com amigos, a praticar seu violão e teclado. Will sempre fora apaixonado por música, sendo que até estudou por um tempo sobre teoria musical e fez a prática de alguns instrumentos. Mas agora, preferia juntar o pessoal na praia para luaus e jogar conversa fora, rir e curtir a vida.
Nesse tempo foi quando surgiu uma nova garota interessada nele, chamava-se Ana. Ana era divertida e companheira. Tinha lá suas manias que incomodavam Will mas era normalmente humilde para corrigir seus erros e seguir ali, ajudando a tocar o barco com ele. Novos amigos surgiram, dessa vez uns realmente fiéis. Amigos que fizeram toda a diferença na escalada de volta que Will estava fazendo.
Os anos foram se passando e os vínculos crescendo e as oportunidades também. Finalmente a busca de Will por melhores condições estavam surgindo. Pra variar, em uma nova cidade, mas ao menos próxima da anterior, podendo ainda estar sempre que possível com esses fiéis amigos.


PARTE VI – UM SUSTO
Quando tudo está indo bem...
Foi bem assim com Will. Embora as oportunidades estivessem aparecendo, a vida particular de Will com Ana não estava das melhores. Já fazia um tempo que estavam discutindo bastante e não entravam mais em sincronia. Acidentes aconteceram, e danos foram causados emocionalmente. Já não dava mais para seguir em frente. Will não iria voltar ao fundo do poço e nem carregar Ana para lá consigo. Decidiram por bem então terminar seu relacionamento, indo um para cada lado para seguir em frente cada um com sua vida.
Agora Will estava ferido, havia se desacostumado a estar sozinho. Agora, aquela distância curta entre ele e os amigos se fez gigante. Mas havia uma pessoa que havia voltado a aparecer em sua vida neste mesmo período e que fez uma grande diferença, Samantha. Ela novamente ouviu, aconselhou, tentou ajudar Will a consertar as coisas, mas, mesmo com o fracasso na tentativa, continuou lá, cuidando dele como podia.
Mas já não era mais a mesma “Sammy” que Will conhecera. Por dentro era, mas por fora havia algo diferente, uma barreira, uma distância. Ele conseguia perceber que ainda era ela quando ela sorria, lhe consolava, quando ouvia sua voz. Não era mais a sua “irmãzinha”. Havia voltado como uma grande amiga, mas não a mesma de sempre. Mas Will também já não era mais o mesmo. Depois de ter sido tão esmagado emocionalmente vez após vez, também se tornou mais frio e calculista. Por um tempo até achara que seu lado emocional deveria morrer e junto com ele este sonho. Mas não, estava ciente de que enquanto respirasse, iria acreditar nos seus sonhos.


PARTE VII – RECUPERAÇÃO
Quem muito ocupa seu tempo e sua mente acaba ganhando seu coração.
Essa foi a verdade aplicada novamente a Will. Ele não tinha mais ninguém por perto, mas, decidiu permanecer agarrado na oportunidade que lhe poderia conceder a realização de muitos de seus sonhos. E, embora não estando perto, todo dia mantinha contato com Samantha, e aos poucos percebendo que ela voltava a ser a Sammy que ele conhecia. Tinha que ir aos poucos, quase como se tivesse conhecido ela do zero novamente, mas assim foi. Provavelmente ela não fazia idéia mas, boa parte da força que ele encontrou para seguir em frente, veio de sua amizade e carinho.
Com o passar do tempo, Sammy estava dentro do coração de Will. Ocupava seu pensamento, seus sonhos. Estava presente no seu dia a dia, mesmo sendo só sua amiga. Will não sabia que no tempo em que se distanciaram, Sammy havia sido tão ferida quanto ele e que, ao contrário dele, havia deixado o sonho morrer.
Mesmo sendo azarado, Will decretou a si mesmo que iria fazer o possível para curar sua amiga e fazê-la perceber que nem todas as pessoas são iguais e que ele gostaria de fazê-la muito feliz, compartilhando e reavivando os sonhos.
Definitivamente não era uma tarefa fácil. Todos os tipos de bloqueios ele encontrava. Numa dessas tentativas Will pisou na bola novamente, igualzinho ele fizera alguns anos atrás, e ela sumiu! Ele gelou, quase morreu, bateu pé, esperneou, chorou, mas estava decidido que não a deixaria sumir novamente. Fez o possível e o impossível para se desculpar e recuperar a presença dela. Algo que ele não teria feito por ninguém até então.
E continuou firme, tentando achar uma brecha que lhe permitisse aproximação. Ele tinha confiança de que poderia fazer a diferença e ser a pessoa que curaria o mal que outra pessoa causou em Sammy.
Aos poucos as barreiras foram caindo e chegamos agora aqui, ao clímax de nossa história.




PARTE VIII – O ENCONTRO
Era Domingo e ele finalmente conseguira convencê-la a vir vê-lo naquele final de semana. Ele não poderia sair afinal teria uma reunião importante no trabalho no dia seguinte e ela estava de férias.  Haviam combinado de ir ao Café Avenida, onde ele sempre ia, às tardinhas, tomar um café e ler um livro, na mesma mesa de sempre.
Quando estavam chegando à mesa foi quando ouviram o guinchar de pneus e o estrondo. Will, que estava de frente para o cruzamento viu que uma 4x4 havia se chocado contra um pequeno carro, agora impossível identificar devido ao estrago. Tudo o que Will conseguiu ver foi que um pedaço de ferro vinha em direção às costas de sua amada, seguido do veículo destroçado que deslizava em sua direção. Naquele momento o tempo congelou e em uma fração de segundos ele teve de tomar a decisão mais importante da sua vida. Não haveria chance de empurrá-la para fora da trajetória do objeto e ao mesmo tempo impedir o carro de esmagá-los contra a parede. Ele percebeu isso e percebeu que a atitude a ser tomada exigia um sacrifício. Rapidamente ele se jogou a ela e a abraçou, colocando as próprias costas no trajeto do ferro, que o atravessou o tórax, próximo ao ombro. Em seguida ainda no embalo e com dor inimaginável segurou-a com toda sua força e se lançou ao ar com ela, girando e torcendo para que fosse alto o suficiente para passar por cima do bloco de metal retorcido que estava vindo. Ainda conseguiu dar um passo em cima da carcaça em movimento que na sequência estourou contra a parede onde estavam. Com o toque, Will perdeu o controle no ar e viu que cairia de costas e que o estrago iria ser ainda maior quando a barra de ferro, atravessada em seu corpo, atingisse o solo, com toda força causada pelo salto e descontrole dos dois corpos que naquele instante pareciam flutuar muito mais lentos do que a velocidade de pensamento de Will. Ele a puxou para o lado do corpo livre para evitar que a barra ainda a atingisse e apenas teve tempo de dizer “Te adoro!”. Quando bateram no chão o sangue esguichou e agora havia um rombo no seu peito e ombro. Era um milagre ele ainda estar respirando e ela estar praticamente ilesa, por ter aterrisado sobre seu corpo e livre de quaisquer outros perigos.
Demorou alguns segundos para que ela se desse conta do que aconteceu naquela fração de segundos e um pouco mais para perceber que ele havia decidido salvar a vida dela arriscando a sua própria. Mas não havia agora espaço para gratidão, só para o desespero. Era muita gente gritando, haviam as vítimas dos veículos e agora ele, ali, perdendo muito sangue e a um fio de perder a consciência e a própria vida.
Ela se abaixou sobre ele, desesperada e com lágrimas nos olhos, implorando para que ele não a deixasse. Ela dizia baixinho, entre soluços: “Will,  por favor não me deixe Will, também te adoro, por favor agüente, o socorro já deve estar chegando”.
E, realmente, em uns 2 minutos as sirenes gritavam e ecoavam no local, com as equipes de polícia, bombeiros e paramédicos correndo de um lado para outro, acondicionando e tratando os feridos. Logo Will estava em uma maca, sendo colocado dentro de uma ambulância. Foi quando ele balbuciou “Por favor, Sammy! Me deixem falar com ela por favor!” e a Médica que o conduzia então gritou: “Quem aqui se chama Sammy?”. Samantha correu para perto deles dizendo “Sou eu!”. Ao chegar ao lado da maca, ainda em prantos, Will abriu os olhos e com muito esforço pegou, com a ponta de seu dedo, sujo de sangue, e pintou a pontinha de seu próprio nariz e então disse: “Sammy, por favor, me dê mais um sorriso, quero levá-lo comigo!”. Ela desabou por dentro com o pedido mas não podia negar, juntou todas suas forças e sorriu, tentando lembrar que há poucos minutos ele havia salvo sua vida e já por algum tempo estava salvando seu coração.
Então ele foi colocado para dentro da ambulância, acompanhado da médica e partiram para o hospital enquanto Samantha e os demais esperavam no local pelas caronas que os levariam para o hospital para acompanhar as vítimas.
“Como é seu nome?” – perguntou Will, com os olhos cheios de lágrimas e rosto contorcido de dor.
“Angélica” – respondeu a médica que o acompanhava na ambulância.
“Fique calado e guarde suas forças” – ela disse.
“Se eu me calar minha mente vai divagar e estarei um passo mais próximo do meu fim”.
“Deixe-me conversar um pouco com você e dizer algo que preciso que seja dito, indiferente do que vá acontecer comigo” – insistiu ele.
“A garota a quem chamei, Sammy. Gostaria que desse um recado a ela caso eu não consiga sair dessa.”
“Diga a ela que jamais desista do amor, porque ele é real e uma das forças mais motivadoras que existe. Graças ao amor, se hoje eu partir dessa vida, partirei feliz por tê-la salvo.”
“Você mesmo dirá isso a ela OK? Agüente firme!” disse Angélica.
Estas foram as últimas palavras que Will ouviu antes de tudo se apagar, mas ainda por último, na sua memória, estava aquele último sorriso que havia sido pedido.


PARTE IX – O LAMENTO
Era Segunda-feira, chovia como se nos céus também houvesse uma multidão chorando e lamentando o fim de alguém com uma força de vontade tão forte e valente, a ponto de entregar a própria vida, por alguém importante e suas próprias convicções. O dia anterior era seu aniversário, mas o presente fora dado a outra pessoa. Ele devolveu uma vida junto a uma nova motivação por alguém que, segundo ele, valeria a pena tudo isso.
Acabava no mesmo dia de seu nascimento a história desse jovem, cheio de vontades, sonhos e esperanças. Deixou para trás uma lição e um último pedido a ser seguido, que o amor jamais seja abandonado mesmo que difícil de ser encontrado. E que as pessoas lutem e façam as coisas valer a pena e que não sejam apáticas só porque a vida as castiga.
Samantha teve de continuar a vida, sem Will, aquele que outrora podia já estar a seu lado e que agora, só estaria em sua memória. Dizem que ela levou um bom tempo para recuperar as rédeas da própria vida, mas, que passou a viver mais intensamente, com determinação e sentimento, até o fim dos seus dias, sempre distribuindo seu amor e sorrisos e sempre, sempre lembrando daquele que lhe ensinou que o amor vale a pena, Will.

PARTE X – A LIÇÃO
Will existe dentro de cada um de nós, talvez mais dentro de alguns do que em outros Mas dentro de cada um existem sonhos e a força necessária para atingi-los. Não devemos deixar nossos sonhos morrer sem lutar por eles. Um dia, seja de forma natural ou não, chegaremos ao nosso fim e o que importará naquele último momento não será exatamente os sonhos realizados, mas as conquistas que tivemos no caminho até eles. As coisas especiais aparecerão principalmente no final, na nossa memória, mas somente se tivermos percorrido com valentia e determinação a carreira da vida em busca de nossos sonhos, de nossas VONTADES.

Álisson Alves

Alisson Alves é o autor do Blog Gente Incomum, escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.

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