A mídia e seus disfarces!
Faça um teste. Ligue a sua televisão no horário do noticiário e repare. Veja a forma como as notícias são colocadas, intercalando notícias boas e ruins. Tudo na indústria da propaganda é previamente selecionado e posicionado de uma forma a atingir e manipular um público alvo. Nos telejornais por exemplo. Se todas as notícias ruins fossem apresentadas de forma conjunta, quem teria ânimo para ligar a TV na próxima vez ou quem seria capaz de simplesmente querer continuar assistindo a programação? Pão e circo! "Morrem 500 pessoas em um ataque terrorista!" e na sequência "Vamos agora falar dos gols da rodada!". Patético mas funciona. Hoje a gente consegue almoçar enquanto assiste as tragédias na TV. Não perdemos mais o apetite porque já estamos calejados. A vida humana hoje vale o quanto a mídia faz ela valer, ao menos no que se refere à grande massa. A mídia também manipula as tendências. Hoje ela faz acreditar que garotas só são bonitas se estiverem dentro da "forma ideal". Garotas desfilando em pele e osso, altas, normalmente loiras, apenas com os bustos gigantes e o bumbum, porque sempre afirmam que essa é a preferência nacional (na verdade não lembro de alguém ter me perguntando se eu acho o bumbum a parte mais bonita de uma mulher...). Homens com abdomens definidos, braços enormes e penteados pra lá de esquisitos. E quem se responsabiliza pelas pessoas normais, sob o peso da comparação com esses "modelos" fabricados em laboratório? A mídia? Nem. Quando a gente questiona os padrões chamam-nos loucos. Quando percebem que estamos certos, chamam-nos de raros. Mas a política da mídia continua intacto e a massa segue, perseverante, correndo como rebanhos em direção ao matadouro.
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Autor
Álisson Alves nasceu Bagé, Rio Grande do Sul, tem 32 anos. É escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.

O pior, a meu ver, não é o noticiário, e sim as propagandas de cerveja, e programas do tipo Pânico.
ResponderExcluirPode ficar tranquilo que eu não me deixo levar pela mídia, tampouco por modas que surgem. Se eu gostar de alguma coisa, tem a ver comigo, não com os outros :)