O mundo das diferenças.

O mundo poderia ser preto e branco, todos os alimentos ter o mesmo gosto, não precisaríamos sentir a textura dos objetos, todas as flores poderiam ter o mesmo cheiro. Sobreviveríamos se o mundo fosse assim, tão mecânico e tão sem graça. Mas não é assim, e, se você concorda com isso e sente prazer em desfrutar de variedades em geral, há de concordar que as diferenças também são necessárias quando estamos falando das pessoas. As pessoas tem aparências diferentes, gostam de atividades diferentes, alimentos diferentes, etc. É uma pena que vivemos num mundo onde todos gostam de usufruir as diferenças mas gostam mais ainda de criticar o gosto alheio. Às vezes pode até ter margem para alguma brincadeira, talvez em casos extremos mas o respeito individual é necessário para que haja um convívio pacífico e deleitoso. Qual a graça se todos tivessem os mesmos talentos? As pessoas tendem a formar "grupos distintos" para acolher pessoas com determinadas afinidades mas é isso realmente proveitoso? O que se transformou o mundo com divisões nacionais, culturais e religiosas? Não gera isso ainda mais tensões? O ideal seria se simplesmente houvesse o respeito e o apreço pelos talentos e gostos alheios, não seria necessária uma divisão, seria algo completo e não um amontoado de fragmentos. E não precisamos pensar em grande escala, todo dia cabe a cada um de nós decidir respeitar, admirar, apreciar ou simplesmente ignorar alguma diferença. Comida, roupas, gosto musical, locais a frequentar, etc; tudo isso está no nosso dia a dia. Eu fico ainda imaginando se um dia vamos poder realmente achar um ponto comum, onde como humanidade, possamos usufruir da delícia que é termos escolhas sem que haja sempre um juiz entre nós e a nossa própria vontade.

Álisson Alves

Alisson Alves é o autor do Blog Gente Incomum, escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.

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