Você olha para baixo e vê a água se movimentando. Não vê o que está abaixo dela e a distância entre você e ela é o que mais lhe apavora no momento. A cada segundo que passa a coragem para saltar vai desaparecendo. O medo de se machucar vai aumentando e tomando seu lugar. Será que é fundo o suficiente? Será que a água está fria? Será que vou me machucar ao atingir a água? Como está a correnteza? E assim vai, cada vez surgindo mais perguntas. Aí vem alguém do seu lado e PULA. E aí?Agora além de duvidoso você se tornou um covarde. Vai pular?
Sempre vai haver algum temor associado à algo incerto. E, quando se trata de novas experiências e pessoas, nunca se pode ter certeza do que vai acontecer. O que se pode fazer é tentar se prevenir quanto à qualquer revés e aumentar as chances de sucesso.
Se você vai para um novo emprego, com certeza vai esmerar na aparência e caprichar no serviço e no social com os novos colegas. Não vai chegar já esperando ser demitido ou desprezado pelos demais.
Se você vai se mudar, já vai ter conhecido o novo local com antecedência, alugado um lugar para morar, verificado local e vizinhança, custos e tudo o mais antes de partir com a mudança.
Quando você está apaixonado, você já tirou tempo para conhecer melhor a pessoa, adaptar sua rotina e situações, já deu os primeiros passos para tentar conquistar a outra pessoa, e assim por diante.
Mas nada, absolutamente nada vai para a frente sem atitudes. Você sempre vai ter que aprender a lidar com o medo e SALTAR! Às vezes você vai cambalear no ar, sem controle, mas vai pegando a prática conforme vai tomando novas atitudes. Vai descobrindo que aquela adrenalina gerada pelo medo vs coragem é gostosa e que, no final das contas, valeu a pena. Seu único arrependimento foi ter gasto tanto tempo duvidando ao invés de ter o usado para mais saltos.
Existem momentos em que alguns saltos são maiores do que outros, existem certos "agravantes" em uma situação que parecem fugir ao controle, mas ainda assim você sabe que pode saltar. Então, salte, você não pode perder o que não tem.
A única maneira de saber como algo termina é chegando ao final, quanto menor o ritmo do corredor, mais longo parece o trajeto.
Então, se tem algo lhe preocupando, salte e não deixe que o medo do desconhecido lhe devore e lhe impeça de atingir suas conquistas.
É tudo uma questão de atitude!
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Autor
Álisson Alves nasceu Bagé, Rio Grande do Sul, tem 32 anos. É escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.

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