Tarde demais (Álisson Alves)
Não tinha Alguém
Mas costumava sorrir
Dançava, lia, jogava
Era dona de si
Ele surgiu com flores e doces
Com promessas e favores
Como normalmente iniciam as histórias
Assim como os amores e dores
E agora ela diz
Abraçada em seu travesseiro
Tão tarde...
Talvez tarde demais...
Já não dança mais, nem lê, nem joga
Só consegue chorar e todo dia temer
Acompanhada mas tão sozinha
É um ter sem o querer
Antes não tinha
Mas sabia o que desejava
Estava completa por si mesma
Sozinha, mas se bastava
E agora olha como ficou
Tudo está complicado
Do que lhe adiantou
ter alguém simbólico ao lado?
E agora ela diz
Abraçada em seu travesseiro
Tão tarde...
Talvez tarde demais...
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Autor
Álisson Alves nasceu Bagé, Rio Grande do Sul, tem 32 anos. É escritor, blogueiro, e nas horas vagas curte jogos online, tocar violão e ler.
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